Este não é um blog, mas um reblog. É um ambiente de aprendizagem. Mas o que é um ambiente de aprendizagem? - Carteiras? Quadro? Algumas janelas? Nós aprendemos através de nossas interações com professores, pais, colegas e o mundo em nossa volta, considerando que a interação é um dos mais importantes elementos da aprendizagem. Este reblog é dedicado a todos aqueles que colocando perguntas estimulam o estudo e as respostas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Já vai tarde


Por Mario Soma

Bastaria uma razão para pedir a bênção à Internet: ela tirou os jornalistas do pedestal. O Velho Jornalismo acabou. Ficou ridículo. Ainda bem!!

A imagem de uma matilha de jornalistas decidindo, sozinhos, o que o público ia ler, ver e ouvir ficou tão antiga quanto uma pintura rupestre.

O Velho Jornalismo – aquele em que só os jornalistas “emitiam” informação – acabou. A Internet fundou outro planeta. Terra à vista!
As frases acima foram publicadas sequencialmente pelo twitter de um blogueiro. Um momento. Blogueiro? Sendo assim, que moral então ele teria para opinar sobre o trabalho dos jornalistas? Só gente com bastante vivência em redações possui credibilidade para tanto, ora essa. Além do blog e twitter, o que mais esse indivíduo fez por aí?
Muita coisa. O autor das frases acima é o jornalista Geneton Moraes Neto, dono de um currículo considerável. Ele já foi editor do Jornal Nacional e Jornal da Globo, por exemplo. Profissionais desse nível não perdem tempo publicando especulações, seja lá em qual veículo for. Eles gostam de anunciar fatos, sem as afobações tão comuns dos que estão no início da carreira. Sim, acabou essa história dos jornalistas serem os únicos detentores da informação. Fim do monopólio. Graças a internet. Fato.
Quer dizer então que hoje qualquer um pode informar a sociedade a partir de posts e tuitadas? Sim. E quanto a credibilidade desse conteúdo? Bem, isso nem sempre vem no pacote. Se o indivíduo seguir todas as premissas do bom jornalismo, sobretudo mantendo o zelo na apuração do que será publicado, ótimo. Caso contrário, perde a confiança de seus leitores, sem chances de fidelizar uma audiência considerável. É a própria rede que determinará a relevância dessa pessoa. Nesse sentido, quem não tiver competência sempre falará sozinho nas redes sociais. Simples assim.
Perdem aqueles jornalistas que ainda desprezam os blogs de uma forma geral. Fecham os olhos para fontes que renderiam ótimas sugestões de pautas. O médico que escreve sobre particularidades de seu ofício, o turista que compartilha dicas para uma melhor viagem, a mãe que contribui no exercício da cidadania e por aí vai. Blogs e demais conteúdos gerados pelas mídias sociais podem ser ótimas referências, não só para o jornalista, mas também para o leitor, que tem encontrado cada vez mais opções para se informar pela tela do computador. Ou do smartphone mesmo.
Sim, como disse o Geneton Moraes Neto, o velho jornalismo acabou. Já vai tarde.

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