Este não é um blog, mas um reblog. É um ambiente de aprendizagem. Mas o que é um ambiente de aprendizagem? - Carteiras? Quadro? Algumas janelas? Nós aprendemos através de nossas interações com professores, pais, colegas e o mundo em nossa volta, considerando que a interação é um dos mais importantes elementos da aprendizagem. Este reblog é dedicado a todos aqueles que colocando perguntas estimulam o estudo e as respostas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Escolas vendem anúncios em provas para comprar papel
Em uma ação inusitada para suprir a falta de material em uma escola do ensino médio no estado de Idaho, o professor Jeb Harrison está vendendo espaço para anunciantes nas suas provas e exercícios passados em sala de aula. Segundo ele, a ação ainda permite que ensine aos alunos sobre propaganda.
A pizzaria local Molto Caldo foi a primeira: está veiculando anúncios em todo material das suas aulas de economia. O valor do investimento: US$350,00 em folhas de papel – material que a escola não tem mais condições de fornecer.
Uma ação inteligente, apesar de polêmica, para resolver uma situação extremamente triste.
fonte:http://www.chmkt.com.br
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Iniciativa 2.0 verdadeira vale apena divulgar!
Trata-se de versão piloto, que começa a ser ministrada nesta semana para aproximadamente 150 conselheiros tutelares e outros profissionais envolvidos com a temática dos direitos da criança e do adolescente.
É a primeira vez que um curso à distância pelo telefone celular é realizado por organizações sociais corporativas no Brasil.
O curso faz parte do programa Vivo Educa, que discute a educação na sociedade em rede.
O objetivo é promover um formato diferente de aprendizado.
A coordenação editorial e tecnológica está a cargo da Editacuja, editora e desenvolvedora de conteúdos, que integra tecnologia em projetos voltados para a educação e a cultura.
O curso terá quatro módulos, com duração total de quatro semanas, e conta com inscritos de 23 estados brasileiros.
Os alunos poderão utilizar qualquer modelo de celular que tenha acesso à Internet, podendo ser pré ou pós-pago, mediante o fornecimento de senhas. O tráfego de dados não será cobrado.
Através da Vivo, o Instituto Vivo propiciará o acesso gratuito ao curso, enquanto a Fundação Telefônica fornecerá o conteúdo do Portal Pró-Menino voltado para os direitos da criança e do adolescente.
Os módulos abordarão os seguintes temas: o ECA; o atendimento à criança e ao adolescente nas questões cotidianas; as competências dos conselheiros e a formação das redes; e, no último módulo, será feita uma avaliação.
“Queremos testar a metodologia e a adesão ao curso”, antecipa Karinna Bidermann Forlenza, diretora do Instituto Vivo.
Conforme explica a diretora-executiva da Editacuja, Érica Casado, será utilizada uma plataforma conhecida e testada mundialmente para treinamento de funcionários e educação, a hot lava mobile, que permite a aplicação de recursos didáticos como testes, áudios e vídeos, sem falar no acesso a textos e aos links do Portal Pró-Menino, onde os alunos poderão aprofundar o conhecimento.
“A plataforma é democrática, pois alcança 93% dos aparelhos do mercado”, afirma Érica. Além disso, será possível ter relatórios das atividades realizadas pelos participantes em tempo real.
O curso tem como desafio falar de um assunto bastante complexo em uma tela de conteúdos sintéticos, como é o celular. A proposta é oferecer conteúdos gerais, de forma sensibilizadora e reflexiva, funcionando como um guia de referência.
“Acreditamos que o Portal Pró-Menino, que já está há cinco anos no ar, poderá ser um instrumento rico na formação mais complexa desses alunos”, afirma Sérgio Mindlin, diretor-presidente da Fundação Telefônica.
Fonte: http://www.aberje.com.br
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Alterações Climáticas: Eleve sua voz!!
Veja e vote! Click aqui http://www.youtube.com/cop15
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
I nativi digitali
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Violence against women
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Para que serve uma monocotiledônea?
Palestra final da terceira edição do projeto Descolagem realizado no NAVE (http://www.nave.oi.com.br/) em 22 de novembro de 2008 com curadoria de Beto Largman em parceria com o instituto Oi Futuro
Fonte: http://videolog.uol.com.br/video?389425
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Um valor reconhecidamente brasileiro
Esta é a análise de Paulo Nassar, diretor geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e professor doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Em palestra proferida para alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), nesta segunda-feira, dia 16 de novembro, o especialista falou sobre a demanda por novas características dos profissionais de comunicação. “O comunicador precisa trabalhar dentro de uma visão técnica, ética e estética.
Nesta área não é possível sobreviver apenas com uma formação tradicional. A comunicação empresarial busca, cada vez mais, uma narrativa aberta”.
Para ilustrar suas colocações, o professor adiantou alguns dados de uma pesquisa da Aberje sobre o setor que será divulgada no dia 26 de novembro.
Utilizando como base a análise de 300 empresas que atuam no Brasil – juntas correspondem a 60% do PIB nacional -, o estudo revelou que no setor de comunicação empresarial, 33% dos profissionais têm como formação de origem o jornalismo; 15% vêm de relações públicas; 11% da publicidade e outros 11% da administração. Isso comprova a distribuição diversificada de currículos na área.
“Hoje, na comunicação organizacional, os profissionais se capacitam com formações complementares. Temos, na área, pessoas com diferentes currículos tradicionais.
Atualmente, precisamos trabalhar com a lógica da soma, da mestiçagem, que é um valor reconhecidamente brasileiro”, explica.
E essas são conseqüências das novas possibilidades de diálogo entre as empresas e seus stakeholders.
Segundo Paulo Nassar, o uso de ferramentas como os blogs e o Twitter pelas organizações é crescente e está transformando o comportamento do mercado.
“Quem está dentro de uma organização precisa ter uma inteligência estratégica. Na era digital, a informação é uma commodity e se o profissional trabalha com a informação em sua forma bruta ele não terá valor.
É preciso fazer uma interpretação qualificada e criar um valor ao seu trabalho”, salienta.
Nos tempos atuais, as empresas têm que medir melhor os seus movimentos. “Qualquer ação empresarial gera controvérsias e diferentes pontos de vista.
Qualquer movimento econômico, social ou ambiental da organização mexe com a sociedade. E este cenário está incomodando os protagonistas da comunicação tradicional e os veículos de massa. Não adianta mais impor mensagens à sociedade”.
Na conclusão de sua apresentação, o executivo reconheceu a importância do momento que o setor empresarial vive: “Nunca a teoria e a prática estiveram tão próximas no mundo da comunicação corporativa”.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Acessibilidade na web
A acessibilidade tente a gerar maior visibilidade pelos sistemas de busca e é um diferencial competitivo.
Assita o vídeo feito pela equipe Acesso Digital para mostrar a importância da acessibilidade na web para diversos tipos de usuários
O video foi publicada por brunotorres, no dia 25 de maio de 2007 às 10:55 e já teve certa de 77.500 exibições
domingo, 15 de novembro de 2009
Sobre web 2.0 e mídias sociais no mundo corporativo
É uma entrevista imperdível, concordo com ela, uma aula para a geração Y que domina as redes sociais e para a geração X que comandam as empresas e que estão aprendendo e procurando se adaptar a estas transformações culturais.
No vídeo o jornalista Heródoto Barbeiro, da CBN, entrevista Mauro Segura, diretor de Marketing e Comunicação da IBM Brasil, durante a Futurecom 2009, sobre web 2.0 e mídias sociais no mundo corporativo.
Mauro aborda de forma clara e simples sobre os benefícios das redes sociais para as empresas; da grande transformação da comunicação nos últimos anos; do compartilhamento de informações em todos os níveis; da quebra de hierarquias nas empresas com a aplicação das redes sociais; da democratização do conhecimento, entre muitos outros assuntos que evolvem o marketing e a comunicação interna.
Um caminho inevitável, sem volta que mudou o conceito de comunicação unidirecional para a comunicação bilateral e totalmente colaborativa.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Stop motion
Contudo os dois vídeos são bons e o da Olympus eu gostei mais.
Seguem o texto e os vídeos é uma aprendizagem moral, técnica e criativa.
Para lançar a câmera Olympus Pen E-61, inspirada em um antigo modelo da marca, um vídeo viral foi lançado na internet. Foram 60 mil fotografias, 9600 impressas e novamente mais 1800 fotos pra compor o stop motion “The Pen Story”. Porém...
Esse video é muito legal, mas graças ao blog Gizmodo sabemos que é na verdade uma cópia de um video que já havia sido lançado na internet por uma empresa japonesa.
Observem que o conceito é praticamente o mesmo.
Veja o vídeo da empresa japonesa em Assuntos Criativos
Se você for produzir algo que já tenha sido criado, não tem problema, basta dar crédito a quem merece de verdade
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
guarda!
L'occasione è stata l'edizione de il Vento del Cinema di Ghezzi e compagni a Procida, lo scorso settembre (dal 24 al 28), dedicata appunto al NON FINITO.
Tonito ha detto: " ho partecipato pur essendo NON FINITI tanti dei miei film, io stesso in primis, e alla fine ho deciso di mandarvi un mio intervento filmato, questo che arriva ora su Youtube, una ricapitolazione confessione mia di me ma facendolo non pensavo certo a Youtube. Una cosa che è nata nell' immediato e che ora abbiamo rivisto e un po più meditato, io e Silvia (Palermo), mia recente ma già antica collaboratrice amica, ora in fuga. Sono attualmente in fase di preparazione (fatte già certe riprese) due film digitali, LIBERA VITA FREE LIFE, in Torino e Piemonte, e CASA DOLCE CASA (A HOUSE IS NOT A HOME) tra Torino e Paris".
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
This “creative destruction”
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Criança a alma do negócio
A criança de hoje idealiza o desejo de ser adulto e precocemente torna-se consumidores tão iguais quanto os seus pais estimulada pela publicidade. Porque o celular, o Mp3, o Ipod, o vídeo game, a TV, o tênis de marca, a xapinha no cabelo e tantos outros produtos e serviços são mais importantes que brincar, o livro, o gibi, o passeio com os pais e parentes?
A escola recebe toda esta influência vinda dos próprios alunos e não sabem lidar com isto. Ao proibir, justifica que é o melhor caminho para educar contra os malefícios , por exemplo, que o celular tem no processo pedagógico.
Esquece que esta mesma proibição só acontece nas quadro paredes da escola.
Bom seria que a escola discutisse sem preconceitos e de forma democrática com seu alunado o impacto do uso destes recursos no processo de ensino e assim desenvolver normas de comum acordo e não a partir do desejo de apenas um lado do grupo.
O documentário é um mote para que os educadores possam pensar com mais carinho a importancia do papel da escola nas discussões sobre temas que resiste a ser incorporada ao processo de ensino. Neste caso, a Mídia.
Veja a primeira parte o doc. Para ver todo o doc, acesse http://blogandonasondasdoradio.blogspot.com/2009/03/crianca-alma-do-negocio-um-documentario_5220.html
Crédito do vídeo Fundação Alana http://www.alana.org.br
Fonte: http://blogandonasondasdoradio.blogspot.com
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
#Intercon09
Para ele, a cultura hacker é um movimento sócio-técnico de software livre. Hackers são aqueles que estão no “coração da internet”. Eles não são criminosos, são colaborativos.
A “Mídia” coloca a internet como "terra sem lei" e diz que solução para isso é acabar com rede aberta.
As sete maiores plataformas utilizadas na rede são open source. A Yahoo é a primeira.
Apostar na propriedade é bloqueio. É na negação de acesso, o único modo de exercer a propriedade de bens imateriais.
Marcelo Coutinho, consultor do IBOPE Inteligência, apresentou a sociedade digital.
Para ele a digitalização acabou com o tempo/ espaço. Ele afirmou que nós somos o que consumimos.
Hoje coexistem duas sociedades a industrial/ burocrática, porque, enfim, ainda precisamos de petróleo e a sociedade digital e sua rede de conhecimento.
Usando de uma conhecida metáfora, Coutinho afirma que se trata da velha discussão da catedral e o bazar. A lógica do bazar é a transparência. Da catedral é a burocracia, o hierárquico, protocolar.
Carlos Nepomuceno / Isnt. de inteligência Coletiva trouxe a filosofia para o Ambiente Bussines.
Para ele o ser humano se organiza em rede desde o dia em que ele olhou pro mundo e disse: Existe o mundo, e eu estou neste mundo.
E citou o filósofo francês contemporâneo Dominique Wolton que diz que nós estamos vivendo em uma sociedade de conexão e quanto mais conectados nós estamos menos nos comunicamos.
Drica Guzzi / Escola do Futuro/USP afirmou que as escolas ainda não sabem usar a internet.
Em sua pesquisa 84% de 4658 respondentes, afirmaram ter mais facilidade de aprender depois da internet.
Por fim exibiu um quadro do perfil dos 60 milhões de brasileiros que tem acesso a rede.
Classe A
8% usam lan house
82% usam em casa
10% usam na escola
Classe B
26% lan house
60% casa
14% escola
Classe C
55% lan house
32% casa
13% escola
Classe D/E
78% lan house
7% casa
15% escola
A tarde o Ambiente Bussiness levou o nome dce "Negócios digitais e novas mídias".
Ele citou o caso do Presidente Lula que baixou músicas pela internet: que país é esse que o presidente baixa música na internet? O Brasil tem um presidente Pirata.
O caso Napster e o filme Tropa de Elite tb foram comentados.
Ele afirmou que a iniciativa parte do pressuposto que a participação popular pode enriquecer o processo de construção de nossas leis. O conhecimento coletivo e voluntário pode – e deve – ser usado para aperfeiçoar a elaboração legislativa em nosso país.
Para ele a Internet é a ferramenta para permitir que a participação esteja ao alcance de “cada cidadão”.
Acessibilidade pra quem? deficientes visuais, tetrapégicos, deficientes motor, de baixa visão, deficientes auditivos não oralizados. Mas tb para os jovens, crianças, idosos, para os que tem pouca experiência e medo de computador...
Qto custa a acessibilidade ? Para Soares há o alto custo do redesign, mas baixo nos novos. Já os benefícios podem ser o alcance de 100% do público alvo. Tento como idéia principal atender melhor todas as pessoas. Um caminho para fidelizar clientes, valorizar a diversidade e a responsabilidade social.
A acessibilidade tente a gerar maior visibilidade pelos sistemas de busca e é um diferencial competitivo.
Leonardo Naressi da Direct Performance, chamou atenção de que você não precisa comprar nada para otimizar seu site ou blog. Você só precisa de informação e ela é de graça.
Para ele no universo digital tudo pode ser medido: audiência, navegação, performance técnica, análise de redes sociais.
Contudo cada ferramenta e coleta de dados tem seus “vieses”. O caminho percorrido de uma tag até o relatório influencia o resultado final.
domingo, 8 de novembro de 2009
O fim do ensino? O início da aprendizagem!
Mas alunos de 14 colégios na Dinamarca estão vivendo uma realidade diferente, pois tiveram o acesso à internet liberado justamente no momento do exame. E a iniciativa se estenderá para todo o sistema escolar do país em 2011.
Com a medida, além da tradicional regra de não conversar durante a prova, os estudantes dinamarqueses ficam proibidos de enviar e-mails para dentro ou fora do colégio e de entrar em salas de bate-papo on-line. Respeitadas essas normas, a web pode ser explorada da melhor forma possível para encontrar as respostas corretas, até mesmo em mídias sociais como o Facebook.
“Nossos exames precisam refletir a vida cotidiana no colégio, e a vida escolar deve se refletir na sociedade. A internet é indispensável, inclusive nas provas”, argumentou Bertel Haarder, ministro da Educação da Dinamarca. Para ele, a medida pode ser seguida por outros países.
“Estou seguro de que, em poucos anos, a maioria dos países europeus nos imitarão”.
A Dinamarca é uma das nações mais avançadas tecnologicamente. Há cerca de uma década, toda a rede escolar começou a utilizar computadores para realizar provas. Mas com o recurso da internet, uma das preocupações é com relação à comunicação durante os exames.
De acordo com Sanne Shcmidt, que comanda o projeto na escola de Greve Landsby, se um aluno for pego colando pela web em alguma conversa digital, poderá ser expulso. “A premissa é a confiança nos alunos. Acredito que o índice de fraude é muito baixo, pois as consequências também são grandes”, salientou.
A estudante dinamarquesa Pernille Jensby, de 18 anos, confirmou a facilidade de fraude. “É possível colar, mas acho que temos tanto respeito e disciplina que não o faremos”, afirmou.
Fonte: http://www.nosdacomunicacao.com/
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Hope
O nome do movimento remete à esperança ("Hope"), fazendo uma analogia à cidade Copenhague, que sediará o encontro.
Além de assinar a petição, o internauta pode ainda acessar o menu "Share Hope", que conecta o usuário às redes sociais.Para aqueles que fazem parte do Facebook, é possível também criar um passaporte virtual para Hopenhagen.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Marco civil para a Internet brasileira.
A iniciativa parte do pressuposto que a participação popular pode enriquecer o processo de construção de nossas leis. O conhecimento coletivo e voluntário pode – e deve – ser usado para aperfeiçoar a elaboração legislativa em nosso país.
Outra premissa do projeto consiste em reconhecer que a legislação brasileira enfrenta lacunas com relação à Internet, com uma série de questões ainda não reguladas. Essas lacunas geram incerteza, com prejuízo para direitos fundamentais dos indivíduos, para a inovação e para a segurança jurídica.
Por outro lado, compreender a rede mundial como um espaço transnacional de comunicação e compartilhamento de informações, fundado em protocolos abertos e com governança mundial, é essencial para identificar limites necessários a essa regulamentação.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A antropologia e o cotidiano
Desjeux concedeu uma entrevista exclusiva ao Nós da Comunicação, realizada no Rio de Janeiro, durante sua participação no II Encontro Internacional Cátedra L´Oréal de Comportamento do Consumidor, promovido pelo Instituto Coppead/UFRJ.
Nós da Comunicação - Você é especialista no comportamento do consumidor. Qual é o foco de suas pesquisas?
Dominique Desjeux - Comecei na área de pesquisas por acaso. Trabalhei durante oito anos na África, em Madagascar, quando retornei à França, em 1979, onde fiquei desempregado por dois anos. Um dia, um amigo me perguntou: será que você conhece marketing? Eu respondi: conheço a palavra, mas não sei o que é. Foi quando comecei a trabalhar com pesquisa. Meu principal foco é trabalhar sobre a prática. É como etnologia. É necessário olhar como as pessoas utilizam os objetos dispostos no banheiro e na cozinha, por exemplo. Eu vou à cozinha, ao banheiro, à sala e ao quarto para observar os objetos e discutir com as pessoas suas utilidades.
Nós da Comunicação - Podemos dizer que você é um observador do cotidiano?
D.D. - Exatamente. Faço uma antropologia, uma sociologia do cotidiano. Em 1990, acrescentei uma segunda abordagem ao meu trabalho sobre consumo. Transferi o que havia aprendido em sociologia de organizações para o sistema da família. Não pesquiso muito o comportamento de compras. Isso é apenas uma parte. Minha referência é, sobretudo, a família, por funcionar como um sistema que utiliza produtos. Quero saber o que leva uma família a consumi-los.
O UNIVERSO DAS PESQUISAS COMPARATIVAS
Nós da Comunicação – Como observa esse comportamento na França e como é sua atuação em campo?
D.D. – Quando estou na França, geralmente trabalho com contrato. Por exemplo, posso prestar serviços à EDF (Eletricité de France) e realizar um estudo sobre eletricidade na vida cotidiana dos franceses. Monto uma equipe e desenvolvo um projeto para propor à EDF que nos financie a pesquisa como uma sociedade privada. Geralmente, recrutamos aproximadamente 20 freelances, principalmente pesquisadores da classe média, moradores de Paris, da serra e do balneário, para termos três modos de utilização do aquecedor elétrico, por exemplo. Na França, a eletricidade é muita utilizada via aquecedor. Depois disso, vamos às casas das pessoas para investigar.
Nós da Comunicação – Nesse caso, que métodos você emprega numa observação sobre o uso da eletricidade?
D.D. – Fazemos entrevistas que podem durar entre 1h30 e 3h. Realizamos em duas etapas: a primeira delas é o que chamamos de história de vida. Perguntamos às pessoas quais são as lembranças do uso da eletricidade desde a infância e observamos como foi a evolução. Depois, visitamos todos os cômodos da casa. Olhamos, por exemplo, se as luzes são de néon, se há sistema de aquecimento elétrico, discutimos sobre as tomadas e verificamos quais são os objetos elétricos da casa.
Abordamos, também, as discussões ocorridas no seio da família em torno do uso da eletricidade. Por exemplo, com o alto custo do serviço, a questão é sempre uma batalha entre pais e filhos. Os pais pedem para desligar a luz, mas as crianças não levam a sério. Ou então, vamos encontrar uma batalha em torno da música, já que os jovens costumam escutá-la em volume muito alto. E mais: percebemos que, muitas vezes, o uso de um produto não é feito simplesmente por prazer, mas tem função social. Há 10 anos, havia diversos fios atrás da televisão para o videocassete e todos os objetos elétricos. Já foi desenvolvido um sistema que agrupa tudo isso. Ao observarmos os problemas do cotidiano, encontramos soluções para adaptar o espaço doméstico.
Nós da Comunicação – Como você estabelece o método de comparação?
D.D. – Procuro não desenvolver muitas hipóteses. Eu sei que, independente de qual seja o país, falamos da casa das pessoas e do deslocamento para fazer compras, seja a pé, de carro ou de barco. Elas voltam para casa e arrumam os objetos para consumi-los. São etapas. E em cada país, se encontramos as mesmas etapas, fazemos a comparação. Se observarmos a questão do deslocamento, por exemplo, podemos dizer que, na Tailândia, parte das pessoas faz compras de barco. Na China, por sua vez, podem ser feitas de bicicleta. Na Suécia, parte da população prefere ir de carro. Na Dinamarca, metade dos consumidores vai às compras a pé. A partir desse aspecto, vemos que há diferentes meios de fazer compras. É uma informação importante. Se as pessoas fazem compras a pé, levam poucas coisas para casa. No caso do carro, podem comprar muitas coisas. Essa etapa mostra a maneira como as pessoas vão às compras. Em seguida, observamos a cozinha. Na China, as pessoas comem com palito. Na Europa, com garfo. Na África, é a vez da colher. Fazemos a comparação e observamos as etapas.
Em cada situação, analisamos o que é permitido, o que é proibido e o que se deve fazer em função da cultura. Na França, por exemplo, se analisamos a mesma etapa do almoço, sabemos que os franceses não devem comer com as mãos. É proibido. No Senegal, já é permitido comer arroz com peixe usando os dedos, porque é uma questão cultural. Em cada situação, busco sempre comparar com base nas minhas etapas.
Nós da Comunicação – Quais são seus objetivos com o método empregado?
D.D. – Queremos ter conhecimento e compreensão de como funciona a sociedade. O segundo ponto é mais interessante, pois é como se difunde a informação e mostra, de forma prática, se uma empresa vai poder ou não entrar em um novo mercado. Se vendo vinho e sou francês, sei que o meu produto encontrará dificuldades para ser vendido no exterior, exceto se for da marca Bordeaux. Isso porque o vinho francês está muito atrelado ao terroir. Os vinhos americano, australiano e chileno são de cépage. A diversidade é igual. Vou explicar aos franceses que se querem vender vinho na China, na Austrália, no Chile ou no Brasil, é necessário que mudem o sistema de apresentação do vinho. Para um francês, é terrível pensar em cépage, porque é uma grande heresia para ele. Mas a empresa precisa estar consciente dessa idiossincrasia do mercado se quiser exportar. Em breve, vou à China para trabalhar com chineses e chilenos essa questão no mercado de vinhos chinês.
LEIA MAIS NO NÓS DA COMUNICAÇÃO
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
erros + comuns da comunicação corporativa
Incidentes são muito comuns e as consequências da falta de planejamento nas comunicações internas das empresas vão longe. Pensando em ajudar os gestores a evitarem problemas desse tipo, Stever Robbins, presidente da consultoria VentureCoach.com, escreveu em um artigo recente os sete pecados mais comuns na comunicação corporativa.
Abaixo segue cada um dos 7 erros para que você, como profissional, possa evitar daqui para frente:
Anunciar mudanças sem preparação: Todos sabem que mudanças sempre geram boatos e resistências e antes de anunciá-las é importante pesquisar onde e por que isso pode acontecer. É preciso compartilhar sua visão do cenário advindo das mudanças com as pessoas que vão ser atingidas e ter em mente que a comunicação pessoal tem vantagens sobre a escrita. Ainda considere e sempre avalie o impacto emocional nos afetados.
Mentir: É preciso tomar muito cuidado com a maneira como os segredos serão mantidos. Assuntos confidenciais são naturais, mas vale atentar-se para isso. Por exemplo, em vez de mentir, treine-se para dizer “Não tenho liberdade para comentar isso” ou “Não posso responder isso completamente agora”. E mais: Ter consistência nas repostas é imprescindível.
Surpreenda-se com a realidade: Notícias desagradáveis respondem a leis diferentes conforme a direção de propagação, portanto não se surpreenda ao tomar conhecimento de notícias ruins mais tarde do que outras pessoas de dentro da empresa. Geralmente as notícias vindas de baixo são suavizadas e as que saem da cúpula são exageradas. É preciso evitar boatos usando linguagem simples e direta e nunca fazendo piadas ambíguas.
Subestimar a audiência: Muita gente prefere omitir discussões dos subalternos porque acham que eles não vão entender ou porque simplesmente acham que eles não têm nada a ver com isso. Eles podem não ser experts no que está sendo discutido, mas têm todo o direito de saber o que está acontecendo e a razão de algo que vai afetá-los. Além disso, faz parte do papel do gestor explicar as coisas e colocar as pessoas dentro do que está acontecendo, evitando futuros murmurinhos ou até mesmo conflitos.
Canais inapropriados de comunicação: É de extrema importância que se escolha o canal adequado para cada tipo de comunicação. Um exemplo? Telefonemas e reuniões pessoais são mais eficientes para lidar com questões que têm nuances e sutilezas.
Subestimar as omissões: Nunca é demais perguntar: “Que mensagens vocês estão recebendo de mim?”. Muitas vezes o que você não diz pode ser mais estridente que a sua própria mensagem e se você não elogia, as pessoas se julgam desapreciadas. Caso você não explica alguma coisa, elas podem achar que não são de confiança. Por isso é sempre importante ter em mente se realmente você está passando a mensagem que deseja.