Depois da agência espanhola que, em questão de semanas, se tornou a mais conhecida no país e arrebatou um prêmio em Cannes, agora é a vez de uma empresa de pesquisa que ficou famosa mundialmente graças a uma única mensagem no Twitter.
Segundo um artigo da revista Fast Company, a Pear Analytics, empresa especializada em análises e insights conseguiu essa façanha incrível. Tudo começou por volta de 10 da manhã do dia 12 de agosto de 2009, quando Ryan Kelly, fundador e CEO da empresa postou no Twitter a seguinte mensagem:
“O estudo sobre o Twitter que mencionamos no #bmprsa já está disponível: http://bit.ly/17htXE resultados interessantes...”. O BMPRSA é um grupo de relações públicas e mídias sociais de San Antonio, no Texas – cidade onde a Pear Analytics está localizada.
Assim que Kelly twitou a mensagem, um dos seus seguidores enviou o estudo a um dos principais blogs sobre mídias sociais e tecnologia, o Mashable. Na tarde daquele mesmo dia, a pesquisa da Pear estava na página principal do blog, que tem milhões de acessos diários. Por volta de 6 da tarde, o estudo era o assunto número um no ranking de tendências do Twitter. Um pouco mais tarde, Kelly foi entrevistado por Robert Scoble, do site Rackspace. Daí pra frente, o estudo se viralizou.
De acordo com o Google Pear Analytics, já são mais de 500 notícias no mundo todo sobre o estudo da Pear, incluindo destaques em sites como BBC, CNET e NBC.com. É o tipo de publicidade que custaria uma verdadeira fortuna para qualquer empresa, diz o artigo.
O estudo, que pode ser baixado aqui, tem algumas informações bem interessantes, como por exemplo:
• 40,55 do que é twitado são relatos sem maior interesse (chamado lá de baboseiras sem sentido), 37,55 é bate-papo, 8,70 são retweets, 5,5,85 são promoções, 3,75 spam e apenas 3,60 são notícias.
• O horário 11:30 da manhã e as segundas-feiras são as ocasiões com mais retweets.
O autor do artigo, Wendy Marx, perguntou ao CEO da Pear qual foi o segredo do sucesso, e ele respondeu o seguinte:
“Posso atribuir o sucesso a algumas coisas. Eu não sei nada sobre relações públicas, mas analisando o que acontece no Twitter e categorizando o conteúdo, nós fizemos algo que ninguém mais havia feito. O grande ponto, no entanto, foi que rotulamos a categoria mais popular como “baboseiras sem sentido”. Eu acho que se tivéssemos dado qualquer outro nome, não teria tamanha repercussão. A maioria das notícias usou esse nome nas manchetes. Por fim, tivemos muita sorte nesse dia, pois nenhum acontecimento de grande relevância aconteceu naquela semana, como a morte do Michael Jackson, que poderia ter enterrado nossa notícia facilmente.”
Fonte:http://www.chmkt.com.br
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