Estar na internet é algo natural para milhões de empresas, sejam elas de pequeno porte ou com faturamento bilionário. Mas qual é a forma mais adequada de se mostrar na web? A falta de padronização - cada um “ocupa” a internet da maneira que mais lhe convém - é a principal vantagem desse veículo. Pessoas, e empresas, se manifestam livremente. Como acontece na esfera real, dos relacionamentos pessoais e diretos, aos poucos algumas regras – de convivência, de padrão visual e tecnológico – foram se estabelecendo. Umas mais pertinentes e de senso comum, outras nem tanto.
O fato é que por trás de um site, um blog, um twitter, um projeto ou qualquer outra ferramenta virtual estão os “indivíduos”. E cabe ao executivo, empreendedor e gestor que almejam ter sucesso, observar os avanços da web e evitar alguns pecados modernos na sua relação com esse meio. Confira abaixo:
Não usar todo o poder da internet 2.0 – A reputação da marca ficará atrelada a uma entrega rápida, pontual, conseqüência de processos internos e externos eficientes. Enquanto na gestão 1.0 o trabalho é feito por meio de diretórios e menus, e-mails e ferramentas desktop, no ambiente 2.0 os envolvidos, entre eles, os stakeholders, navegam no projeto por meio de tags, buscas, blogs de status, microblogs, RSS, e ferramentas 2.0, como as redes sociais. Usar a gestão 2.0 significa dar rapidez, agilidade, maior conectividade, uma seqüência mais lógica nos processos, simplicidade, facilidade e a consequente satisfação desses públicos.
Podemos considerar que é um risco não apostar nesse tipo de gestão. São os novos padrões de trabalho e de relacionamento. A internet tem muitas alternativas de uso da gestão 2.0, algumas sem custo algum. Por outro lado, não se deve bloquear o acesso a ferramentas abertas, nem a instrumentos populares na web. Mas é necessário que fique claro, por escrito, qual a política interna sobre o que pode ou não ser acessado e quais informações o colaborador pode ou não compartilhar na net. Dados e rotinas, uma vez na rede, recebem interpretações distintas e que potencialmente causam uma crise de imagem.
Um investimento maior em TI poderá trazer um aumento de produtividade e evitar as limitações da gestão 1.0, como o descontentamento da equipe com ferramentas ultrapassadas e a saída de “profissionais 2.0” para a concorrência. Mas o mais grave para a empresa é o risco de menor produtividade, menos inovação e colaboração, possivelmente culminando numa menor participação de mercado até a não valorização das ações. A reputação vai embora nessas circunstâncias.
Falta de alinhamento estratégico nos projetos para internet
Ainda vemos muitas empresas que não sabem usar a presença na internet no veículo mais básico – a home page. Essa presença precisa refletir os seus objetivos estratégicos, estar alinhada à missão, visão e valores e às estratégias empresariais da companhia. Além de comunicar essas questões, se a empresa busca inovar, a web pode ser uma excelente forma de demonstrar isso, por meio de serviços e informações precisas e surpreendentes. Se ela quer ser líder, deve pensar na melhor interação e custo x benefícios do internauta-cliente. Uma home ruim no visual e na usabilidade já afasta de imediato seu público-alvo e assim contribui de forma negativa para a reputação e imagens corporativas.
Ignorar os nichos de mercado, a personalização e a segmentação
As pessoas querem ser tratadas de forma exclusiva. A internet é um meio de comunicação que favorece a abordagem de públicos segmentados e até o atendimento individual. Sem contar o baixo custo e o bom alcance. Não usar essa vantagem de marketing e comunicação on-line e pensar em produtos e serviços gerais é desperdiçar tempo e dinheiro.
Uma presença on-line corporativa e eficaz deve utilizar os recursos tecnológicos disponíveis para abordar clientes, colaboradores, acionistas e demais públicos de interesse de acordo com as suas necessidades de serviços e informações.
Administrar a reputação na web é uma tarefa constante, focada no institucional e nas marcas, e também no capital humano. Um bom começo é pesquisar na internet palavras-chave e frases sobre os seus produtos e serviços e fazer uma avaliação desses dados. Já existem serviços especializados de análise quantitativa e qualitativa a qual é possível lançar mão com resultados de base matemática. A reputação vale ouro.
Nancy Assad (Especialista em Comunicação e Marketing. É fundadora e consultora da NA3 Comunicação Estratégica)
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