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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Eleições 2010 no Reino Unido


No início desta semana o cenário não poderia ter sido mais tradicional, quando David Cameron do Partido Consevador do Reino Unido lançou a campanha para as eleições de 2010, em um canto sossegado rural de Oxfordshire.

Cameron falou em um edifício agrícola convertido em auditório e recebeu aplausos educados. "Foi um pouco como um evento eleitoral", disse um assessor.

De volta a Londres, no entanto, a equipe "Cameron's new media" trabalhava alertando dezenas de milhares de seguidores através de atualizações instantâneas no Facebook e Twitter, dando-lhes o discurso na íntegra para que eles pudessem acessar de seus laptops, blakberrys ou celulares.

Bloggers políticos foram informados antes deles enviarem as suas análises imediatas para a web.

Um filme foi preparado para o YouTube. Os telejornais só entrariam no ar horas depois, mas as mensagens-chave - "não podemos continuar assim" e "este é o ano da mudança" - foram dadas em flashes.

A Campanha de 2010 começou. "Nós apertamos "enter" e as pessoas sabem em segundos", disse um membro da equipe de Cameron.

Na última eleição, em maio de 2005, os sites de redes sociais eram conhecidos por poucos no Reino Unido. Facebook foi em grande parte inédita e Twitter ainda tinha de ser inventado.

YouTube tinha nascido há apenas três meses. Blogs eram na sua infância e blogueiros políticos, hoje extremamente influentes no fluxo de notícias, ainda tinham que evoluir.

Tirando o e-mail, a internet permaneceu pouco desenvolvida como uma ferramenta de campanha.

A eleição 2010 vai mostrar o quanto o mundo mudou - e os resultados das eleições serão suscetíveis à imprevisibilidade dos acontecimentos online.

O discurso de Cameron, do início da semana, demonstra que as principais questões serão as mesmas: economia, educação, saúde e segurança. Mas as formas que os partidos irão usar a tecnologia para levar sua mensagem ao maior público possível, serão irreconhecíveis.

Enquanto Barack Obama e sua equipe fizeram sucesso em 2008, os principais partidos do Reino Unido se dedicam a transformar o poder de alcance da Internet e acelerar a sua vantagem, porque a internet faz parte da atual política no Reino unido.

Matthew McGregor, que dirige o escritório de Londres, o Blue State Digital, da empresa de consultoria de campanha que forneceu a tecnologia que impulsionou a campanha de Obama, diz que o partido vencedor vai ser o que mais aprender com o sucesso dos democratas norte-americanos.

Do início desta semana até o dia da eleição no Reino Unido (a data mais provável é 6 de maio), o conteúdo de informações política será enorme. Podemos colocar as mensagens pra fora em uma hora, através de comunicados de notícias, tweets, vídeos, atualizações do Facebook, atingindo centenas de milhares de pessoas instantaneamente", disse McGregor. "Você está falando de uma atualização maciça de mensagens."

Os políticos do Reino Unido vão, pela primeira vez em uma campanha ser capazes de "falar diretamente com os eleitores" através de podcasts e blogs, ignorando a mídia tradicional.

Cameron tem feito isso desde 2006 em webcameron, enquanto Brown agora coloca o seu próprio podcast regular semanal. Mas essas ferramentas nunca foram utilizadas no meio de uma campanha eleitoral.

Mas se conversar com os eleitores diretamente é um recurso, novas forças irão complicar o fluxo de informações, incluindo o exército de novos blogueiros políticos que podem destruir uma parte das estratégias. Todos estão cientes da capacidade da Internet para capturar erros ou declarações polêmicas em filme e em seguida, transmir para milhões de pessoas, com efeitos devastadores, em sites como o YouTube.

Contudo, nesta eleição todos os principais partidos estão tentando imitar a campanha de Obama pela mobilização de vastos exércitos de novos adeptos através da Internet e sites de redes sociais", disse um funcionário do Partido Trabalhista sobre táticas.

Para McGregor o potencial para gerar ativismo de massa é a mais profunda mudança. "Blogs e políticos twiteiros recebendo mais atenção, mas sob o radar de uma nova forma de organização de adeptos. É uma nova forma de fazer política".

Meios de comunicação "novos" ... não é um substituto para a campanha tradicional. As novas ferramentas como a campanha online significa que mais e mais pessoas podem tornar-se estreitamente envolvidas em política eleitoral".

A grande questão agora é saber qual dos partidos irá utilizar a mídia moderna melhor para mobilizar o seu apoio, suas mensagens e promover danos aos seus oponentes.


Fonte: http://www.guardian.co.uk/





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