Mais do que falar com os amigos e ver fotos, as redes sociais reúnem um mundo de possibilidades para os gestores de empresas, seja lá qual for o tamanho delas.
Mas para usar essas ferramentas a favor dos negócios é preciso desenvolver diferenciais inovadores.
“É preciso se destacar em meio à multidão para o consumidor te ver. E isso só é alcançado com criatividade e inovação”, afirma Rafael Kiso.
Atualmente 90% dos usuários de telefones celulares inteligentes acessam o Twitter, dado que dá uma boa idéia do potencial mercado que o Twitter e outras redes sociais oferecem ao empresário. Mas para ingressar nesse mundo e usufruir das oportunidades virtuais é preciso conhecer melhor as ferramentas disponíveis.
Kiso explica que existem três grandes vertentes sociais.
A primeira são as sociais informais, como o Orkut e o Facebook, onde pessoas conhecidas como amigos e vizinhos se relacionam.
Perfis de empresas fazem parte da segunda vertente, que reúne não necessariamente pessoas conhecidas, mas que freqüentam a mesma escola ou trabalham na mesma empresa, por exemplo.
Ferramentas como o Twitter ou o Wikipedia compõem a terceira vertente, que reúne pessoas desconhecidas que buscam algo em comum. E é dentro desse universo que os integrantes de mídias sociais compartilham idéias. “É preciso entender o poder das redes para usá-las a favor da empresa”, conta.
Um indicativo do poder citado por Kiso é o tempo médio que o brasileiro gasta navegando pelas ferramentas virtuais. “Em um mês o brasileiro gasta em média 17% do seu tempo navegando nas redes sociais, número que pode chegar a 70% em públicos específicos”, explica. Outros números impressionam. Atualmente oito em cada dez brasileiros participam de redes sociais.
“O gestor não pode desconsiderar a potencialidade que isso representa para os negócios”, diz Kiso. Alguns cases de uso bem sucedido das redes sociais exemplificam bem essas possibilidades.
O potencial financeiro das redes sociais vai além do lucro. Segundo Kiso, as empresas despreocupadas com as experiências dos consumidores podem sofrer graves prejuízos via internet.
O caso emblemático é o do músico Dave Carrol, que durante um vôo pela United Airlines teve seu violão danificado. Carrol tentou reclamar o prejuízo, mas ninguém da empresa deu atenção.
O resultado foi um prejuízo de US$ 180 milhões em suas ações, que caíram após a disseminação de um vídeo via Youtube em que Carrol cantava uma música reclamando da desatenção da empresa. O vídeo teve seis milhões de acessos.
“Um dos grandes trunfos desses meios é possibilidade de replicar e se eternizar”, afirma.
Como as empresas devem agir:
“Para inovar de verdade e lucrar com isso é preciso prestar menos atenção no que acontece dentro da empresa e olhar mais para as experiências do consumidor”.
Kiso cita o caso de um amigo que comprou uma máquina fotográfica subaquática. O intuito era tirar fotos durante um mergulho em uma bela praia. O resultado? Fotos escuras, a maioria totalmente preta. “Simplesmente ninguém avisou a ele que era preciso tomar cuidado para a luz do sol não ser barrada pela própria cabeça durante a foto”. A frustração de seu amigo é o que Kiso chama de experiência do consumidor.
“Levar isso em consideração é agregar valor à empresa, é evoluir contando com a ajuda do consumidor, que aponta os problemas e onde as empresas devem agir para saná-los”.
Essa contribuição pode ser alcançada por meio das redes sociais, que se tornam ambientes de experiências e conseqüentemente importantes ferramentas de medição da satisfação do público.
Kiso ressalta que nenhum resultado será alcançado sem a estruturação física e cultural da empresa para ingressar no mundo virtual e obter resultados positivos “É preciso treinar a equipe para estar preparada para absorver o que vale a pena e responder em tempo real de forma acertada”.
Fonte:
http://br.hsmglobal.com
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