A Internet, rede mundial de computadores, revolucionou várias formas de relacionamento. A mais notável delas foi a verticalização do convívio homem/máquina. Passar horas na frente do computador tornou-se uma cena comum em escritórios, casas e até nas ruas.Tanto tempo usando o micro fez com que as pessoas repensassem a condição de serem destinatários passivos das informações e até mesmo das tecnologias, reivindicando um espaço na construção das novas formas de expressão.Com isso, surgiu a figura do usuário ultra ativo que cria páginas, produz material diverso, como fotos e vídeos, e ainda altera códigos de programação: o cibercidadão.
“Alimentado pelas inúmeras possibilidades de uma rede infinita, as pessoas apropriaram-se da Internet como um espaço público no qual exploram seus benefícios utilizando os serviços disponíveis, mas também gerando inovações”, afirma o sociólogo e professor Sérgio Amadeu. "E por estar em rede, o cibercidadão troca informações, experiências e institui um processo de produção colaborativa”, conclui Amadeu.
Numa sociedade cada vez mais tomada por blogs, flogs, redes de relacionamento e Software Livre, esta forma de produção é o modelo escolhido pelos usuários das novas tecnologias para promover um acesso universal ao mundo digital. “A atual cidadania está construindo um caminho no qual é sujeita da própria história”, afirma o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni. “Políticas públicas como os telecentros e a adoção de SL são formas importantes de inclusão, pois ampliam o acesso e possibilitam uma contribuição maior e mais plural”, explica.
Um exemplo bem legal aconteceu no ano passado com a animação "Big Buck Bunny". O filme foi produzido pela organização sem fins lucrativos Blender Foundation (www.blender.org) e financiado por parceiros interessados no desenvolvimento do software livre de animação Blender, além de doações pela internet.
A idéia era fazer um "filme aberto", que teria todas as etapas de produção (storyboards, trilha sonora, texturas e técnicas de renderização) disponíveis para download, assim como distribuição gratuita do produto final. Foi assim que aconteceu.
Fonte: http://www.bigbuckbunny.org/
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Muito boa a reflexão Ricardo,
ResponderExcluirporém, um conceito tão abrangente quanto cidadania, perpassa muito mais por uma avaliação do tipo de humanidades ocidentais/urbanas que nos tornamos, atropelando os "humanos colaterais" que ficam deixados fora desse processo de modernização e assim cidadania.
Diversidade e dinâmica, mas produção com o potencial de inclusão isso não de se contestar.
Lembro quando trabalhei de educador social em um colégio de maria ortiz...cara, vc ver um moleque filho de carroceiro, morador de jardim carapina, mexendo no msn, é uma luz, mesmo q uma bundinha pequena de luz, ainda nos é uma luz...na noite escura, apontamos as estrelas, não a escuridaõ...rs
abraço
Emmanuel
Legal Emmanuel. Teu comentário é sintético. Há indícios de uma revolução nas relações da comunicação assim como foi com a criação da prensa por Guttemberg. Teu exemplo da pqn luz.... Cara isso já está acontecendo. A burguesia é que dorme. Contudo é observar e vigiar, pois o futuro é algo desafiador. Barato o teu comentário. Estava esperando vc se manifestar com mais vigor. Legal.
ResponderExcluirRicardo, Gostaria de saber qual é a fonte da citação do prof. Sergio Amadeu para incluí-la em um texto que estou escrevendo.
ResponderExcluirGrato
http://comunicarevencer.blogspot.com
Oi Álvaro, desculpe por não ter colocado a referência. Este poste estava desde o ano passado em um outro blog que eu desenvolvia com alunos de Jornalismo. Acabei colocando aqui devido a um debate no twitter e das 3 fonte coloque apenas do Big bucker bunny. Mas segue abaixo a link.
ResponderExcluirhttp://www.inclusaodigital.gov.br/noticia/voce-ja-ouviu-falar-em-producao-colaborativa/
Não tenho certeza, mas acredito que seja deste título dele:
AMADEU, Sérgio: SOFWARE LIVRE: a luta pela liberdade do conhecimento. SP: FPA. 2004.