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terça-feira, 4 de maio de 2010

É uma oportunidade de carreira e está em falta

Por Hélio Basso

Você já deve ter ouvido alguém, na sua sala de aula ou num barzinho, falar que gostaria muito de trabalhar com mídias sociais. Ou então, ouviu uma crítica, afirmando que criar estratégias e gerenciar ações em mídias sociais, qualquer um faz.

Antes de continuar, gostaria apenas de informar que esse artigo não é uma defesa das agências especializadas em mídias sociais e de seus colaboradores.

É apenas uma alerta para quem não conheça essa função, seus desafios e pré-requisitos para exercê-la. E, acima de tudo, traz dicas para quem quer se tornar um analista de mídias sociais e não apenas “qualquer um”. Eis algumas:

Planejamento e Estratégia

O analista deve pensar em fazer o produto ou serviço do cliente ser mais “humano”, criando interatividade, confiança, engajamento e consumo consciente do público-alvo. Lembre-se que o consumidor do passado é um ser em extinção.

O bom analista deve…

  • estudar diariamente os mecanismos que permitirão a interatividade com o cliente (saber as ferramentas de trás pra frente, adequando-as ao perfil do cliente e sua estratégia);
  • desenvolver soluções de cross-media para o atendimento em tempo real;
  • interpretar a campanha off line do cliente, levando-a para as mídias sociais;
  • ter soluções para eliminação de dúvidas ou críticas, com a promoção de produtos e serviços de maneira inteligente e coletiva (micronichos).

Comportamento e classe C

Em 2010, há a previsão de venda de 14 milhões de microcomputadores. A classe C chegará com força e milhares de jovens e adultos entenderão em pouco tempo que ter acesso à informação é ter o poder de decidir por si mesmo.

O analista precisa estar alerta para um novo ser pensante, entre donas de casa, estudantes e trabalhadores que agora vão interagir em busca ou de gente interessante ou de sua notoriedade.

Você, analista, vai ter que saber lidar com elogios, reclamações, sugestões e criticas, conhecendo profundamente a marca que representa com soluções para a gestão de cada tipo de abordagem.

Cadeia de valor do cliente

O que isso tem a ver, né? Analista que se preza sabe que mídias sociais não influenciam somente economias de escala com foco na oferta.

O foco se dá muito mais na economia de escala voltada para a demanda, que se baseará nas redes de relacionamento. Ele sabe que o foco também são os “veículos”, tais como smartphones, games, ipads, netbooks, TVs digitais, rádios digitais, que permitirão consumirmos coletivamente.

Um desafio nasce daí: ele tem que entender a cadeia de valor envolvida no desenvolvimento e um produto ou serviço para pensar a partir não do foco do cliente, mas para todo um grupo envolvido com ele. Traduzindo, para um shopping, temos as marcas âncora; para uma rádio, as gravadoras e cantores. Todos devem ser levados em consideração.

www.minharede.com.br

O bom analista já entende que o comportamento gerado nas mídias sociais está levando ao surgimento de redes sociais de marca. E, por conta disso, ele discutirá com o cliente maneiras de, com a rede, criar barreiras de entrada de concorrentes em seus nichos de atuação.

Em outras palavras, o papel como profissional de mídias sociais se dará na criação de soluções, independentemente do meio, que permitam que as marcas dominem seus segmentos de atuação, criando diferencial competitivo, atraindo micronichos para formar novas redes de interesse.

Como entro para o time de analistas?

Para quem estuda Jornalismo, Publicidade, Design, Programação, Gestão de TI, entre outras áreas, e acha que investir tempo na análise do comportamento de “tribos” é uma oportunidade de carreira, parabéns. Esses não serão “qualquer um”.

Gerir sua carreira é algo muito pessoal: o que deve imperar é o bom senso. Não fique se martirizando porque você se formou para algo que não existe mais. Quem disse que quando você estudava programação, design, jornalismo ou gestão de TI, tudo o que aprendeu seria para sempre?

O mercado (leia-se agências de mídias sociais) está procurando programadores, designers, antropólogos, pedagogos e gestores que saibam lidar com o comportamento da geração Y. Que faculdade forma gente hoje para líder com esse tipo de cliente? Algumas, com certeza. E os profissionais que saem delas, felizmente, já têm a percepção das mudanças pelas quais estamos passando.

Na corrida por vaga nesse novo mercado, se destacarão aqueles que investirem (e acreditarem) que as possibilidades de negócios e ações na internet são mais do que um modismo.

Fique alerta para as oportunidades, tais como a de analista de comportamento na web, uma área que está sendo bem explorada por antropólogos, sociólogos e economistas.

Se você é designer ou jornalista, eis outra dica a ser explorada: o design de interação é para gente com formação como a sua, que não pode esquecer na hora de montar um site que suas estratégias devem levar em consideração funcionalidades, focadas em uma experiência agradável de navegação do usuário.

Fez engenharia de computação ou aublicidade? Quem sabe você não vai se realizar com o desenvolvimento de estratégias para SEO de um cliente. É estatístico? Para você, cuidar de métricas e indicadores (web analytics), fazendo a avaliação de dados para a tomada de decisões na Internet pode ser a sua praia. Já ouviu falar das soluções via geoposicionamento? Então que tal promover a interatividade via mobile?

Deixe de ser “qualquer um”! Depois de ler esse artigo, estude e planeje sua carreira para se tornar um analista de mídias sociais, de fato.


Fonte: [Webinsider]

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